Gravidez na infância

14/04/2012 15:41

 

GRAVIDEZ NA INFÂNCIA

 

 

É triste sabermos que muitas crianças com menos de 10 anos têm engravidado no Brasil, a maioria é vítima de aborto, outras namoram um menino um pouco mais velho, como a menina Stephane, aos 10 anos, mãe. Em vez das brincadeiras naturais de sua idade, Stephane enfrentou depressão pós-parto, situação difícil até para uma mulher adulta. Precisou superá-la, amamentar e cuidar de um bebê, aprendeu a trocar fraldas e abandonou os estudos. Hoje, sua filha tem 2 anos, e ela, grávida mais uma vez, completou 13. Ser mãe faz parte da infância de 1.755 meninas de 10 a 14 anos no Rio. A maioria das meninas engravidam sem desejar. Muitas escondem da família, que só descobre no quarto ou quinto mês. Ou seja, têm pré-natal tardio. Assim como o número de filhos cresce ao diminuir a renda — situação revelada por O DIA na série sobre planejamento familiar — a gravidez precoce atinge principalmente comunidades pobres. Stephane mora em favela da Zona Sul, não estuda nem trabalha. O pai de sua filha tem 18 anos e renda que mal chega a um mínimo.

É importante às mães orientação para o planejamento familiar, na consulta de um mês após o parto. “Demoram tanto a vir que quando vêm muitas vezes já estão grávidas de novo”, dizem os médicos. Não é por falta de informação. Para os médicos, a maior parte das meninas conhece os métodos contraceptivos. “A maioria pensa: ‘Não vai acontecer comigo’. É como os jovens que dirigem em alta velocidade”.

O que sabemos é que as  meninas precisam receber aconselhamento aos estudos, incentivo a auto-estima, preparo para o nascimento do bebê e apoio psicológico. Pois se na adolescência há muitos cuidados a serem tomados, imagine na infância.

Não podemos desistir de evangelizar as crianças!