Quando pesadelos na infância são sinais de algum problema
Crianças que têm pesadelos noturnos constantes precisam ser observadas. Por isso, se alguns pais com quem você atua no seu trabalho tiverem esse problema com os filhos, vale uma conversa a respeito. Leia este post e saiba por quê.
Ter pesadelos na infância e adolescência é natural, desde que ocasionais. Quando eles acontecem com frequência ou ocorrem episódios de terror noturno durante um longo período de tempo, é preciso ficar alerta porque pode ser um indício de doença mental.
Claro que para se chegar a um diagnóstico preciso, só mesmo com a avaliação de um especialista, mas, um estudo recente traz algumas informações importantes que você, profissional da Primeira Infância, deve saber.
Pesquisadores britânicos descobriram que crianças que vivenciam pesadelos persistentes podem ter maior risco de experiências psicóticas, como alucinações, pensamentos interrompidos ou delírios na adolescência.
O que já se sabe é que os pesadelos ocorrem durante o sono REM, quando se dão os movimentos rápidos dos olhos. As pessoas que têm um pesadelo nessa fase do sono vão acordar cientes dele, sentindo medo ou preocupação.
Os terrores noturnos, ao contrário, ocorrem durante o sono profundo e levam a criança a acordar em pânico, gritando. A diferença é que, geralmente, elas não se lembram do que aconteceu.
Os pesquisadores britânicos analisaram um grupo de crianças entre dois e onze anos. Eles descobriram que as crianças que tinham pesadelos frequentes, antes dos doze anos, são três vezes e meia mais propensas a ter experiências psicóticas no início da adolescência. Já nas crianças que apresentavam terrores noturnos, esse risco era seis vezes maior.
Para as crianças entre dois e nove anos de idade, que tinham pesadelos sistemáticos, o risco de desenvolver traços psicóticos era uma vez e meia maior.
A importância desse estudo é justamente promover a identificação precoce de sinais de doença mental e ajudar milhares de crianças a cuidarem do problema antes que ele se manifeste de fato, na vida adulta.
Outras informações sobre o tema podem ser solicitadas na Academia Americana de Médicos de Família.
Dica: Sempre ore com a sua criança antes de dormir, creia que Deus pode tirar todo terror noturno. E, ensine a criança a orar também.